5 passos para montar seu plano de carreira técnica

Como montar seu plano de carreira técnica em 5 passos

Iniciar um curso técnico é dar um passo importante rumo à inserção no mercado de trabalho. Mas apenas estudar não garante evolução profissional. É preciso ter direção, objetivos e estratégia. E é aí que entra o plano de carreira — uma ferramenta que ajuda você a sair do ponto onde está e alcançar o ponto onde deseja chegar.

Criar um plano de carreira é algo que pode (e deve) ser feito desde o início da formação técnica. Quanto mais cedo o aluno entende seus interesses e organiza suas metas, mais fácil se torna aproveitar oportunidades, corrigir rotas e alcançar bons resultados.

Veja abaixo os 5 passos para construir seu plano de forma simples, prática e personalizada.

Passo 1: Descubra sua área de interesse

O primeiro passo é o autoconhecimento. Mesmo dentro de um curso técnico, existem múltiplas áreas de atuação. Um aluno de Técnico em Administração, por exemplo, pode seguir para setores como logística, financeiro, compras, recursos humanos ou empreendedorismo. Já um aluno de Desenvolvimento de Sistemas pode se identificar com front-end, back-end, testes, UX ou análise de dados.

Dicas práticas:

• Reflita sobre quais matérias você mais gosta no curso.

• Observe em quais atividades você se destaca.

• Pesquise profissões ligadas ao seu curso em sites como CIEE, IEL, Wall Jobs, Vagas.com ou Glassdoor.

• Faça testes gratuitos de perfil profissional, como o do site Trilha do Futuro (MEC) ou do Sebrae.

Passo 2: Trace metas de curto, médio e longo prazo

Com base no que você descobriu sobre si mesmo, é hora de estabelecer metas claras e realistas. As metas ajudam a manter o foco e medir o avanço da sua carreira técnica.

Modelo de metas:

• Curto prazo (2 a 6 meses): concluir o semestre com boas notas, montar o currículo, cadastrar currículo nas plataformas de empregabilidade, criar/editar seu Linkedin.

• Médio prazo (6 meses a 1 ano): conseguir um estágio, obter um certificado complementar, iniciar um portfólio profissional.

• Longo prazo (2 a 3 anos): ser efetivado, atuar em uma área específica, abrir um negócio ou cursar uma graduação tecnológica.

Use a técnica SMART para definir metas específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e com prazo.

Passo 3: Identifique as competências exigidas pelo mercado

Agora que você tem metas, precisa saber quais conhecimentos, habilidades e atitudes são valorizados pelas empresas na sua área técnica.

Como fazer isso:

• Leia descrições de vagas em sites especializados.

• Converse com profissionais da área e professores do curso.

• Procure listas de “competências técnicas essenciais” por setor (RH, Marketing, TI, etc.).

• Acompanhe conteúdos em sites como Catho, InfoJobs, LinkedIn e Sebrae.

Exemplo:
Um aluno de Serviços Jurídicos pode perceber que precisa melhorar a redação jurídica, dominar pacote Office e entender rotinas de cartório. Já um aluno de Informática para Internet deve conhecer HTML, CSS, lógica de programação e versionamento com Git.

Liste essas competências como pré-requisitos e identifique quais você já tem e quais ainda precisa desenvolver.

Passo 4: Crie um plano de ação

Com metas traçadas e competências mapeadas, é hora de montar o plano de ação. Esse plano deve conter atividades práticas, com prazos definidos, que aproximem você dos seus objetivos.

Exemplo de plano de ação:

Inclua ações ligadas a estudos, certificações, eventos, networking e criação de portfólio.

Passo 5: Avalie seu progresso a cada 3 meses e procure um mentor para troca de ideias

Nada adianta montar um plano e esquecê-lo. Reavalie periodicamente seus objetivos, veja o que funcionou, o que precisa ser ajustado e quais novas metas surgiram. A carreira é viva e seu plano deve ser flexível.

Fale com alguém que já tenha alcançado este objetivo para te aconselhar.

Dicas para acompanhar:

• Reserve um dia a cada 3 meses para revisar seu plano.

• Use planilhas simples ou aplicativos como Trello ou Notion.

• Marque o que foi concluído e registre aprendizados do processo.

Essa prática evita estagnação e ajuda você a manter o foco, mesmo diante de dificuldades.